terça-feira, 6 de dezembro de 2016















Votação no Clube  dos  Clássicos Vivos



Olá meus Geeks!

Vamos todos votar para a eleição do clássico a ser lido em Janeiro e Fevereiro de 2017?




Kisses da vossa Geek










Opinião



O Espião Português - Livro 1 da trilogia Freelancer


Começo por dizer que este é o primeiro livro publicado por este autor.

André Marques- Smith é uma jovem estrela em ascensão, quer na política nacional, tendo as funções de chefe de gabinete e secretário pessoal do Ministro dos Negócios Estrangeiros português, quer na sua "vida" paralela, enquanto agente com nome de código Freelancer, ao serviço de uma agência de espionagem inglesa. Tudo lhe corre bem neste quadrante. No que toca á sua vida pessoal, bem, essa é uma questão complicada.
Mas um espião deve sempre esperar reviravoltas inesperadas, para mais quando se leva vida dupla. A traição vem de onde menos se espera....

Gostei do ritmo impresso após um inicio um pouco fastidioso e dito "normal", para um livro que vai tratar de espiões e jogos de bastidores. Mas quando o enredo começou a desenvolver, é em ritmo alucinante que somos arrastados por todo o mundo, atrás de André e das suas missões, venturas e desventuras. Os locais são variados e as caracterizações desses locais e das circunstâncias em que André lá se encontra.
O personagem principal é um tanto ou quanto estereotipado - o rapaz de boas famílias, bom filho, bom irmão, infeliz ao amor. Pelo contrário, as personagens que o rodeiam são mais densas, com mais profundidade, mais camadas. Gostaria de ter visto algumas delas mais desenvolvidas, embora também tenha noção de que é uma trilogia e que poderá haver hipótese de haver esses desenvolvimentos à posteriori.
O enredo deixou mais perguntas do que respostas no ar, mais uma vez por ir ter uma continuação, mas mesmo assim, gostaria de ter percebido as motivações para alguns acontecimentos.
A cena final também me pareceu um tanto forçada, inserida   de modo a que o protagonista tivesse um momento de epifania em relação à sua vida.
Apreciei muito a "grande revelação", embora tivesse desconfianças de uma parte dela, nunca pensaria na sua totalidade e aí foi um ponto muito positivo - conseguiu surpreender e levar a ainda mais questões.
A escrita é fluida, é um livro que nos mantém a virar páginas para saber o que mais se vai passar em seguida. O protagonista mantém um diálogo constante com o leitor.

No conjunto, é promissor e espero que nos próximos livros eu possa assistir ao crescimento do protagonista e ver respondidas as questões que levo deste livro. Certamente que não irei perder a continuação.

E vocês, meus geeks - já leram, têm curiosidade ou nem por isso? Contem-me tudo.

Kisses da vossa Geek


sábado, 3 de dezembro de 2016






Opinião

You, Me and Other People





Comprei este livro numas promoções do site Book Depository, com  o rótulo de "thriller" - falavam em segredos de família e eu fiquei interessada.

Beth e Adam Hall são um casal absolutamente normal, rotineiro, desses que vemos todos os dias e assumimos que nada nas suas vidas é complicado. No entanto, há uns quantos esqueletos no armário que ameaçam sair para a luz do dia. Com esta premissa bastante tentadora, combinei leitura conjunta com a Dora Marques do canal do YT Books and Movies.

Á medida que íamos avançando na narrativa, apercebemo-nos de 2 coisas: primeio que o livro demorava imenso a desenvolver e 2ª que o elemento de thriller não aparecia. E chegámos ambas á mesma conclusão a meio do livro.

Efectivamente, o livro foi "vendido" como thriller, mas para nós tem mais o andamento de um romance romântico. Se nos tivessem dito que iríamos ler um livro de romance açucarado, as nossas expectativas teriam sido ajustadas a tal. Assim, ficámos eternamente á espera de uma reviravolta na história que justificasse o rótulo de thriller psicológico, reviravolta essa que nunca veio. Os esqueletos no armário acabam por ser um desfiar de segredos por uma parte e da aceitação da outra. Não há aqui segredos mútuos, conspirações, nada. E isso está tudo muito bem, mas não era a impressão com que tínhamos ficado.

A escrita é fluida, os diálogos são sarcásticos e engraçados

a cock is a cock is a cock

mas as personagens não me marcaram de modo nenhum e no final fiquei com a sensação de ter sido enganada. E isso não ajudou na minha perspetiva do livro.

Se este livro tivesse que ter um sub-titulo seria "boys will be boys" e as consequências que daí se pode retirar.

Kisses da vossa Geek