quarta-feira, 26 de abril de 2017

Opinião

A Célula Adormecida

Um suposto suicídio e um ataque bombista em Lisboa na noite das eleições - será coincidência? Talvez sim, talvez não.
Uma jornalista determinada em desenterrar a verdade e um especialista em política do Médio Oriente vêem-se envolvidos numa teia de espionagem, atentados e jogos de interesses.
O Prof. Afonso Catalão é, sob todos os aspetos, uma figura calma, embora solitária, que se especializou em assuntos do Médio Oriente e que dá aulas na universidade. Mas o seu passado na Turquia e as razões que o levaram a vir embora levantam suspeitas, após o atentado. O que é que se passou, para que um eminente professor tenha vindo quase fugido de um país que, ao que tudo indica, ele adorava?
Diana Santos Silva é uma jornalista "tubarão" que, após montar uma cilada ao Prof. Catalão, acaba por ajudar na investigação deste caso e descobrir os podres de uma das famílias mais influentes do país.
Uma família de emigrantes chega á costa da ilha de Lesbos, já sem a mãe, morta durante a travessia.

Todos estes elementos se conjugam, para um thriller com pano de fundo muito atual: a crise migratória, o terrorismo e sobretudo o Daesh - o que é, como se financia e como faz a captação de elementos para as suas fileiras.
Gostei da quantidade de informação disponível - bastante, mas sem parar a narrativa - mantendo um ritmo elevado. Tem diálogos credíveis e um protagonista torturado psicologicamente - tudo elementos que gosto e que foram bem explorados neste livro. Os dramas expostos foram bem conduzidos e nada forçados, pelo que o autor conseguiu transmitir as lutas internas das personagens de forma nada lamechas, mas de tal modo que as pude sentir e perceber - sem falsos dramatismos.
A escrita é fluída e imprime um ritmo rápido de leitura, também derivado aos capítulos curtos, o que faz com que as quase 600 páginas se leiam num ápice.
A pesquisa sobre o assunto também está muito bem feita e completa: gostei de saber mais pormenores de como é que este grupo terrorista funciona e, como funciona, por contraposição, o Médio Oriente no seu todo, que não tem nada a ver com estes extremismos, com estas interpretações livres do seu livro sagrado, que apenas visam servir interesses obscuros.

Kisses da vossa Geek

domingo, 23 de abril de 2017

Vamos falar de ....Sitcoms

Pois, não é só de temas sérios ou históricos que se fala aqui. Se há algo que gosto é de uma boa sitcom, com personagens completamente irreais, de tão engraçadas que são. Para mim, o melhor humor é o nonsense e nesse caso, adoro as séries britânicas. Durante muito tempo fui espectadora assídua do programa Britcom, que passava no na RTP2 aos sábados á note.

Seguem-se algumas das séries que mais me fizeram rir.

Keeping Up Appearances - Uma senhora inglesa tão certa da sua importância na comunidade, que só dá origem a mal-entendidos. Tem a mania que é fina, mas com uma família completamente a desmentir tal presunção. Tem um marido que é um santo e lhe atura as maluquices todas. Muito british e muito engraçada com situações de rebolar a rir.





Abolutly Fabulous - Uma estilista com mommy issues e uma amiga completamente sex, drugs and rock n`roll e sempre com a beata ao canto da boca. Lancem a esta confusão uma filha que age como uma mãe, e temos a receita para gargalhadas infindas.

The Big Bang Theory - mais recente, mas com personagens tão nonsense como as anteriores, desde a vizinha crava ao nerd que não consegue falar com mulheres e ainda o judeu com uma mãe híper-protetora que mora em Queens. Esta série ainda está a ser produzida

Blackadder - com o famoso Rowan Atkinson, num papel que tem tanto de histórico como de divertido. É a história dos descendentes desta familia ao longo dos tempos, desde o reinado de Eduardo II até á I Guerra Mundial, onde os sucessivos Blackadder fazem o que sabem fazer melhor: serem cobardes e oportunistas, de uma maneira atabalhoada e humorística. De destacar o companheiro de sempre, Baldrick. Esta série conta também com Hugh Laurie, mais conhecido por Dr. House e com Stephen Frie, outro comediante muito conhecido.

Fresh off The Boat - a minha descoberta mais recente. Contada ao estilo de How I Met Your Mother, conta a história de uma família de imigrantes chineses a viver nos Estados Unidos. Um dos filhos está no futuro, a relatar como era a vivência deles nos anos 90 - há referências ao Melrose Place, por exemplo. De chorar a rir o episodio do Dia de Acão de Graças.

Há muitas mais, mas ficamos por estas. Digam-me se já viram alguma delas ou então dêem sugestões para eu ver.

Kisses da vossa Geek