quarta-feira, 19 de julho de 2017

Historiquices de Agosto

Cleópatra

Qual é a primeira coisa que me ocorre ao ouvir este nome? Inteligência, astúcia, sedução e morte.
No mês em que passam mais de dois milénios sobre a morte desta figura mítica, vale a pena refletir sobre a imensidão de papéis que assumiu.

Cleópatra foi a última faraó da dinastia Ptolemaica, fundada pelo General Ptolomeu, pertencente aos exércitos de Alexandre, O Grande. Esta dinastia acabou com ela e, com esta morte, acabou também a independência do Egipto em relação a Roma. Portanto, Cleópatra era de ascendência grega ou macedónia.
Por tradição, foi casada com dois dos seus irmãos, os quais assassinou para poder exercer o poder sozinha. O mito de ela ter chegado enrolada num tapete é um facto real. A sua irmã Arsínoe tinha-a perseguido para o deserto, apoderando-se do poder e este foi o estratagema escolhido, para ela poder entrar no próprio palácio, e colocar-se à mercê de Júlio Cesar, já com intuito de se tornarem amantes.
O resto da história é mais ou menos conhecido: a ida dela para Roma, o assassinato de Júlio Cesar e a consequente fuga para o Egipto, a sua relação com Marco António e o seu suicídio, como Rainha do Egipto. Tudo isto sempre em busca de tornar o seu país independente de Roma, deixando assim de pagar avultados tributos e até ganhar novas terras.
O que pouco se fala, é que Cleópatra era uma mulher da Renascença, muito tempo antes de haver esse conceito. Ela falava 10 línguas, tinha tutores gregos que lhe ensinavam filosofia, matemática, retórica, história e isto tudo na fabulosa biblioteca de Alexandria, infelizmente desaparecida.
Ela não se vergava a nada nem a ninguém e fez o seu próprio destino. E morreu por ele. O que não se pode negar é que, já nesta civilização tão longínqua havia certos direitos para as mulheres, que só se voltaram a ter no século XX, no mundo ocidental: o divórcio e o direito à propriedade.

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Kisses da vossa Geek

terça-feira, 18 de julho de 2017

Projeto 1 ano com a Jodi

Opinião
Compaixão

Este foi o livro eleito para o arranque deste projeto, que consiste em todos os meses, ler conjuntamente um livro designado por mim, pela Dora e pela Isaura.

E...é certo que demorei muito a fazer a opinião. E porquê? Porque este livro não me agradou nem um pouco.
Este blogue não é só para cantar loas a coisas boas: também serve para eu dar largas ao que não gostei e este livro, realmente, não gostei nada.

Fiquei a saber durante a leitura conjunta, com as outras meninas, que este tinha sido um dos primeiros livros a serem escritos pela autora. E nota-se. Muito. O estilo de escrita e o tipo de abordagem aos temas, que me habituei apenas com um livro - No Seu Mundo - parece a quilómetros de distância deste Compaixão, que a tempos me pareceu um Outlander re-mastigado, a tempos pareceu um romance de cordel dos antigos e no geral muito pouco se salvou neste livro.
O Cameron é o xerife/chefe de clã da cidade de Wheelock, sitio onde praticamente todos são primos e aparentados uns dos outros e vê-se a braços com a situação de um primo, que alegadamente matou a sua esposa, por esta lhe ter pedido, pois estava  nas fases terminais de um cancro incurável.

Esta premissa assim descrita, parece garantia de uma leitura cheia daquilo que a Jodi Picoult é boa: assuntos atuais e controversos, onde ela dá bastantes informações e nos leva a pensar "e se fosse comigo?", de modo que parti para esta leitura a pensar no tema tão atual quanto a eutanásia. Mas estava errada.
A parte interessante do conflito é passada virtualmente para 2º plano, pois começa a haver um romance que se torna central, e que vai retirar importância a este assunto.
Não houve uma real reflexão no impacto que o cancro tem nos elementos do casal nem na sociedade, no que eutanásia implica quer para quem morre, quer para quem fica - nada.
O que tive de sobra foi machismo, subserviência feminina, clichés dos maus e uma vontade enorme de mandar o livro à parede. Acima de tudo, foi mais um romance romântico, que não sou fã, do que um romance que me fizesse pensar ou aprender algo.

E vocês, já leram? Querem ler? O que acharam, se já leram?

Kisses da vossa Geek